Glossário II

07 - UTILIDADE CARDINAL E UTILIDADE ORDINAL


UTILIDADE CARDINAL

A utilidade como medida da satisfação é também chamada de utilidade cardinal. A utilidade cardinal 'quantifica' o bem-estar do indivíduo.
A teoria do comportamento do consumidor parte do principio de que o valor depende da utilidade, isto é, da avaliação subjetiva que o consumidor atribui às diversas mercadorias. 
Essa teoria se fundamenta nos princípios neoclássicos e não está isenta de críticas, mas é a mais comumente encontrada nos manuais de microeconomia. Ela se divide em dois: a teoria da utilidade cardinal, a teoria da utilidade ordinal e elas serão abordadas seguindo a historia do pensamento econômico.
A teoria da utilidade cardinal conceitua a utilidade como a capacidade de um determinado bem de satisfazer desejos e necessidades humanas. 
Parte das seguintes hipóteses neoclássicas:
1. O consumidor é racional e tem conhecimento perfeito de suas preferências e condições do mercado; busca a maximização de sua utilidade tendo como limitação o nível de renda. 
Isso equivale a dizer que o consumidor está sempre buscando o máximo benefício com o mínimo de esforço. Esse é um princípio ligado ao ser humano.
2. A satisfação obtida ao consumir um conjunto de bens e serviços pode ser medida e expressa por uma função de utilidade, do mesmo modo que qualquer conceito objetivo, tal como temperatura, peso, volume e altura, por meio de medidas cardinais.
O consumidor pode dar valores para medir a satisfação, a utilidade auferida pelo consumo de determinada quantidade de um produto, partindo do princípio que ele valoriza mais aquilo que lhe traz mais prazer e estaria dispostas a pagar mais por algo que tenha maior utilidade.
3. Acréscimos no consumo de um determinado produto geram, coeteris paribus, aumentos decrescentes na utilidade total.
Exemplo:
Se, num dia, damos uma barra de chocolate a uma criança provavelmente a barra lhe trará uma satisfação, um prazer muito grande, gerando uma grande utilidade. 
Se, em seguida, damos uma segunda barra de chocolate, a utilidade total será maior. A utilidade total representa a soma da utilidade proporcionada pela primeira mais a utilidade adicionada pela segunda. Porém, essa segunda unidade será recebida provavelmente com menos entusiasmo com que foi recebida a primeira barra. 
A terceira barra tornará a satisfação total ainda maior, mas a utilidade acrescentada por esta última possivelmente será menor que a anterior. 
Se formos aumentando o número de barras de chocolate chegaremos ao ponto em que uma unidade adicional de chocolate representará para a criança um beneficio tão pequeno que para ele será quase indiferente receber ou não essa barra adicional. 
Isso acontece porque ao consumir chocolate até a saciedade, este deixa de ser para a criança um produto escasso, desejado. 

Teoria Cardinalista - Jevons, Menger e Walras (cerca de 1871)
Gráfico feito por: Wagner Leal Ariente (Professor de Introdução á Economia - UFSC)




UTILIDADE ORDINAL

Os economistas Fischer (1892) e Pareto (1906) contornaram os principais problemas da teoria cardinal e deram à teoria do comportamento do consumidor a forma que conhecemos hoje. Essa formulação é conhecida como Teoria Ordinal do comportamento do consumidor.
comportamento do consumidor.
Antes, reconhecendo que o consumidor prefere alguns bens e serviços a outros, introduziram uma ordem de preferência para qualificar a utilidade.
Assim pode-se dizer que um bem tem mais utilidade do que outros, mas não se estabelece a quantidade de utilidade correspondente de cada um. Para a teoria ordinal, se uma pessoa prefere chá a café, o chá para essa pessoa, tem mais utilidade que o café. Mais uma vez, é importante ressaltar que a teoria ordinal apenas ordena bens, não lhes atribuindo qualquer quantidade de utilidade.
A abordagem ordinal da teoria do consumidor representa uma linha de pensamento mais recente, em relação à abordagem cardinal.
Sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese de mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo-a pela hipótese de comparabilidade.
Assim, para a abordagem ordinal, a utilidade não é mensurável, mas comparável. É, portanto, pela comparação das utilidades das coisas que o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens capazes de atender a suas necessidades.
Os economistas reconheceram que, no que no que diz respeito ao comportamento da escolha, tudo o que interessava saber a respeito da utilidade era se uma cesta tinha uma maior utilidade do que a outra – o quanto era maior não importava.


Gráfico feito por: Wagner Leal Ariente (Professor de Introdução á Economia - UFSC)

Gráfico feito por: Wagner Leal Ariente (Professor de Introdução á Economia - UFSC)


Escrito por: Ândria Marcela Padilha



15 - Motivos para deslocamento na oferta e na demanda:



Primeiramente vamos entender o que é Oferta e o que é Demanda.

Demanda: É a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado, ou seja , é a procura de um determinado bem (televisão, por exemplo), por quem tem o/a desejo/necessidade  em se adquirir a televisão, desde que se tenha condição financeira para realizar a compra. Em outras palavras, a demanda é a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a comprar.

OfertaÉ a quantidade de um produto ou serviço disponível para compra.

Por que existe o deslocamento da Demanda e da Oferta?


Quando a demanda  é maior do que a oferta, os preços dos produtos tendem a subir, já que os consumidores estão dispostos a pagar mais para obter um determinado item(uma geladeira por exemplo). Olhando pelo lado da oferta, quando ela é maior do que a demanda, os preços tendem a cair, pois existem mais bens disponíveis no mercado, do que interesse em adquiri-los, obrigando com que o preço desse produto abaixe para que se volte a ter procura e assim possa ser vendido. O deslocamento acontece por causa do desequilíbrio da oferta e demanda.

A Demanda depende de uma série de fatores, que explicam a sua variação:


O preço do bem(x) à (Px)
A renda do consumidor à (Y)
O preço de outros bens à (Pz)
Os hábitos e gostos dos consumidores à (H)

Influências na Oferta:


O preço do bem x à (Px)
Preço dos insumos utilizados à (Pi)
Tecnologia à (T)
Preço de outros bens à (Pz)

Postado por: Leonardo Fagundez



19 - Definição de elasticidade renda da demanda, bens superiores e bens inferiores:

Conceito de elasticidade: Elasticidade-Renda da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual na renda do comsumidor.

  • Bem normal: São bens cuja demanda aumenta com o aumento da renda do consumidor e vice-versa
  • Bens inferiores: São bens cujo aumento da renda do consumidor gera redução na quantidade demandada. 

Por exemplo a carne de segunda, com o aumento da renda é de se esperar que o consumo de carne de segunda caia em razão das pessoas estarem comprando carnes de melhor qualidade. Neste caso, a elasticidade-renda é menor que zero.

Bens superiores: São bens cuja demanda é altamente elástica a renda (Elasticidade > +1). Aumentos de renda do cunsumidor geram aumentos mais que proporcionais na demanda. Por exemplo, aumento de 10% na renda gera aumento de 30% na demanda.

Disponivel em http://www.informeeconomico.com.br/

Definiçao matemática:





























Postado por: Priscila Alves

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