Glossário I

1. CAPITALISMO COMO ECONOMIA MERCANTIL, MONETÁRIA, FINANCEIRA, COM TRABALHO LIVRE E PROPRIEDADE PRIVADA:





Capitalismo é uma organização econômica em que as atividades de produção e distribuição produzem uma divisão da sociedade em duas classes contrárias: a dos possuidores dos meios de produção(capital) e a do proletariado industrial e rural(trabalhadores)
Podemos dizer que o capitalismo é uma economia mercantil pois sua produção é destinada ao mercado. “Tudo é mercantilizado não só a terra, os instrumentos de trabalho, as máquinas, o capital-dinheiro, mas também a própria força de trabalho. Nas origens do capitalismo, há precisamente esta generalização da produção e da circulação de mercadorias na sociedade. As concentrações do capitalismo, que o levarão a desaparecer, provêm todas, em última análise, das concentrações inerentes à própria produção mercantil.
Desde os clássicos as operações no mercado são consideradas centrais no capitalismo, mas à medida que cresciam e se desenvolviam surgiam problemas como o monopólio e bolhas.
Já outros afirmaram que a economia de mercado sempre tendia ao equilíbrio de preços e demanda.
É uma economia monetário pois todas as transações mercantis necessitam de uma moeda de troca nesse caso o dinheiro. No capitalismo todo bem ou serviço tem seu valor (utilidade, valor de uso ou troca) e um preço (monetário).
O capital é utilizado para produzir mais capital. O detentor do capital(dinheiro) o utiliza para comprar insumos e mão de obra (fatores de produção) para produzir uma nova mercadoria vender com lucro (mais-valia) para acumular mais capital continuando esse ciclo vicioso.
Capitalismo monetário (dinheiro produz dinheiro)
E também é uma economia financeira pois necessita captar o capital (que não necessariamente precisa ser do capitalista que o utilizará) necessário para começar uma produção. Ele pode utilizar o seu próprio capital, pode pegar empréstimo ou captar de outras poupanças.
Podemos definir capital como excedente de uma produção anterior não consumida.
A propriedade privada é essencial para o capitalismo, pois todos os meios de produção estão nas mãos dos patrões e tem fins lucrativos o trabalhador apenas tem a sua força de trabalho para vender por um salário(monetário). Esse salário não corresponde à sua produção total tendo o seu excedente(mais-valia) apropriado pelo capitalista. O salário é utilizado para compra de produtos para sobrevivência do proletário e sua família gerando um fluxo contínuo do dinheiro. O trabalho livre e assalariado é mais interessante para o capitalismo pois gera um mercado consumidor(demanda).



Publicado por: Ândria Marcela Padilha


2- PLURALIDADE EM CIÊNCIA ECONÔMICA:



A palavra economia deriva do latim oeconomìa: disposição, ordem, arranjo. A Economia ou Ciência econômica, é uma ciência que consiste no estudo e análise dos processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços. Os economistas estudam a forma dos indivíduos, os diferentes coletivos, as empresas e os governos alcançarem seus objetivos no campo econômico. ¹
Questões econômicas tem preocupado muitos intelectuais ao longo dos séculos. Na antiga Grécia, Aristóteles e Platão dissertaram sobre os problemas relativos à riqueza, à propriedade e ao comercio. Durante a idade média, predominaram as ideias da Igreja católica, onde o comercio e o acumulo de riquezas era condenado pela igreja. ²
  • Com a publicação da obra  Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, 1776, do filósofo e economista escocês Adam Smith, a economia passou a ser estudada como uma Ciência Social, que estuda o funcionamento da Economia Capitalista, sob o pressuposto do comportamento racional do homem econômico, ou seja, da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos, surge então a teoria do liberalismo, apontando como as nações iriam prosperar. Para Smith, o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho, trabalho livre sem ter, logicamente, o estado como regulador e interventor.
A corrente liberal defendia os vários pressupostos que compunham a nova realidade oferecida pelo capitalismo pós revolução industrial. Aprovavam o direito a propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades comerciais e a igualdade dos indivíduos mediante a lei. Elogiavam a prosperidade do homem de negócios ao verem que sua riqueza beneficiava a sociedade como um todo. Dessa forma, acreditavam que a riqueza seria um benesse acessível a todos que trabalhassem.
Com relação à miséria e as desigualdades, a doutrina liberal acredita que a pobreza do homem tem origem em seu fracasso pessoal. Para que pudesse superar a situação de penúria, o pobre deveria ter uma postura colaborativa com seus patrões tendo o cuidado em preservar o seus bens e dar o máximo de sua força de trabalho na produção de mais riquezas.³
  • David Ricardo (1772-1823), homem de negócios de sucesso, é outro importante pensador econômico. A sua principal obra chama-se “Princípios da Economia Politica e da Tributação”, foi inscrita em 1817.
Ricardo focou a sua atenção na tendência para a baixa dos lucros que ameaçaria a economia inglesa. Essa tendencial poderia ser neutralizada com o desenvolvimento do comercio externo. É muito conhecida a sua teoria das vantagens comparativas no comercio internacional, em que comparava as vantagens de Portugal e da Inglaterra no comercio entre si.
De acordo com os estudos de Ricardo, Portugal retiraria vantagens no comercio com a Inglaterra se especializasse na produção e exportação de vinhos, enquanto a Inglaterra deveria especializar-se na produção e exportação de trigo.
  • Alfred Marshall (1842-1924), matemático que se tornou economista, neoclássico da escola de Cambridge, é outro importante  pensador da historia econômica. A sua obra principal chama-se “Principios de Economia”, e foi escrita em 1890.
Alfred Marshall é considerado o percursor da Economia do Bem-Estar, já que o seu objetivo explicito na analise econômica era encontrar solução para os problemas sociais.
Para Marshall, a Economia Política estuda a atividade individual e social para se atingir o bem-estar. Para ele o processo económico visa atender às aspirações humanas e à satisfação das suas necessidades materiais. Marshall tem a preocupação de mostrar como o funcionamento dos mercados pode garantir a boa utilização dos recursos disponíveis.
  • Karl Marx (1818-1883). Marx foi um filosofo, cientista politico e socialista revolucionário, sua principal obra chama-se “O Capital“. Na teoria que elabora, prevê a evolução do sistema socioeconômico e a substituição do capitalismo por um outro sistema social, o socialismo, que por sua vez dará lugar a outro, chamado comunismo. Juntamente com seu amigo Friedrich Engels, escrevem o Manifesto Comunista, dando origem ao Marxismo.
marxismo se baseia no materialismo e o socialismo cientifico, constituindo ao mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários. No centro da teoria marxista encontra-se o trabalho que, para ele, seria a expressão da vida humana, por meio da qual é alterada a relação do homem com a natureza. Através do trabalho o homem transforma a si mesmo.
  • John Maynard Keynes é outro importante pensador econômico da historia. A sua principal obra chama-se “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” e foi escrita em 1936. Este livro foi, sem duvida alguma, o que mais influencia exerceu na vida das sociedades industrializadas após a segunda guerra mundial.
A obra de Keynes foi a resposta a crise em que mergulhou a Economia Politica de então, dominada pelas correntes marginalistas, incapaz de explicar a grande depressão que assolou o mundo ocidental na década de 1930.
De acordo com Keynes, o Estado pode ter um papel muito importante no evitar das crises econômicas se aumentar as despesas publicas, impedindo assim a quebra da procura agregada no momento em que se contrai, motivada pelas expectativas desfavoráveis dos agentes privados. ⁴
Pluralidade de Pensamento 
Há um pensamento equivocado de que um dos autores deveria prevalece sobre os outros, como se maneira científica de pensar tivesse que ser necessariamente única, como se a pluralidade no pensamento de uma ciência fosse um erro, uma etapa pré-científica. A PLURALIDADE de pensamento nas ciências sociais com a sua diversidade de pensadores é a sua maior riqueza e a sua melhor demonstração de liberdade intelectual.
Nenhum dos outros autores pode ser considerado errado. Suas bases são diferentes, mas não negam umas as outras. Elas apontam para diferentes caminhos, que demonstram como diferentes maneiras de ver a realidade… ⁵

Vinicius M.C.
Fontes:
¹ – Wikipedia, 10/10/2014, 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia


3. MERCANTILISMO X LIBERALISMO ECONOMICO:

MERCANTILISMO X LIBERALISMO ECONOMICO

O mercantilismo foi um conjunto de práticas realizada na época do Absolutismo da Idade Moderna. Este modo de “governo” era baseado na obtenção e preservação de metais preciosos, já que para os Governantes da época pouco se pensava no investimento destes metais, e sim em mantê-los nas famílias nobres. As nações disputavam estes metais já que se percebeu que os metais eram riquezas não renováveis. A economia então era inventada pelo estado (absolutismo o rei comandava todos os aspectos do seu Estado) e este estado fazia de tudo para que metais não saíssem de suas fronteiras.
Dentre as características deste período tem-se:
· Acumulação de capital
· Balança comercial favorável (que favoreceu o nacionalismo econômico intenso, causando guerras entre as nações).
· Incentivo às manufaturas locais (assim evitava a necessidade de colocar os metais em outra nação)
· Protecionismo Alfandegário (impostos)
· Pacto Colonial (obrigava a colônia a apenas comercializar com sua metrópole)
· Intervenção Estatal

O objetivo era desenvolver a autossuficiência econômica e produzir excedentes para comercializar no mercado externo.

Enquanto chegava ao fim do Mercantilismo surgiu a teoria do liberalismo econômico. Com a consolidação visível do capitalismo, pensadores buscavam novos paradigmas visando emancipar a economia. Alguns idealizadores como Quesnay, acreditava na agricultura como principal fonte econômica, já Gournay acreditava que se as indústrias tivessem liberdade conseguiriam alcançar altos índices de acumulo de capital. Mas o dito Pai desta tese com certeza foi Adam Smith, que via como desnecessária a intervenção estatal presente no mercantilismo, acreditando então na Mão Invisível (Quando há grande procura por um produto, o valor deste tende a cair, até que a procura diminua e o preço volte a subir) que traria, em poucas palavras, evolução geral. O liberalismo defende a livre concorrência, Lei da Oferta e Procura e a privatização de propriedades.


Pode-se perceber que o Liberalismo Econômico buscou mudanças radicais no panorama em que se encontrava a Europa no momento. Diante do quadro Econômico fechado, que visava apenas exportar o máximo possível e enriquecer as cortes que viviam sob abundancia de ouro, sem pensar na possibilidade de desenvolver tecnologias que historicamente nos séculos seguintes foram essenciais para grandes momentos como a Revolução Industrial.

Publicado por: Ândria Marcela Padilha
Creditos: Karine Kobarg

Postado por: http://economistay.blogspot.com.br/2014/10/mercantilismo-x-liberalismo-economico.html

5. Significado moral e econômico das fábulas das abelhas de Mandeville:




Um livro fascinante, popular e controverso foi publicado em 1704. Tratava-se de um poema satírico chamado " A fábula das Abelhas", escrito por Bernard de Mandeville (1670-1733), um médico holandês radicado na Inglaterra. O tema central do poema era que os avanços da civilização resultavam de vícios, não de virtudes. O progresso provinha de interesses egoístas do indíviduo-- desejo de levar uma vida fácil, confortável, luxuosa e prazerosa--, não de alguma propensão natural a trabalhar intensamente e poupar, ou de alguma preocupação benevolente para com as outras pessoas. A prosperidade e o crescimento econômico seriam ampliados caso se desse espaço á motivação egoísta dos indivíduos, limitados apenas pela manutenção da justiça. O vício do egoísmo incitaria as pessoas a maximizar seus ganhos e, em consequência, aumentar a riqueza da nação.
O libro foi proibido pelo incomodo do governo, com total apoio dos guardiães da moralidade.

Fonte: FUSFELD, Daniel R. A era do economista. São Paulo: Saraiva, 2001. 356p. ISBN 8502032771.

Att. Rayane Brito Silveira


7- Adam Smith: da Filosofia para a Economia Política


Escrito por Vitor Alves Junckes 

Adam Smith, nascido em 1723, em Kirkcaldy na Escócia, frequentou a Universidade de Oxford e durante os anos 1751 a 1764 lecionou Filosofia Moral na Universidade de Glasgow, onde lá, publicou o seu primeiro livro “A Teoria dos Sentimentos Morais”. 


    O curso lecionado por Smith na Universidade abrangia desde Teologia Natural e Ética até Jurisprudência e Economia Política, em virtude desse fato, para Smith a economia política era um ramo da Filosofia moral. Como para Adam Smith Filosofia Moral e Economia Política se confundiam, para nos aprofundarmos em sua teoria econômica e suas facetas Econômicas, precisamos estudar suas obras desde a Primeira.

Na primeira obra de Smith “A Teoria dos Sentimentos Morais”, ele demonstra como conceito principal de sua obra a ideia de Simpatia, que tem como significado se colocar no lugar dos outros, para entender algo no ponto de vista do outro. Smith também apresenta a figura do espectador imparcial ou homem dentro do peito que é utilizado de forma figurativa para demonstrar a capacidade do homem de discernir entre o certo e o errado, uma consciência que compatibiliza o auto interesse com o bem-estar coletivo.
    Nessa obra Smith também demonstra algumas ideias que viriam fazer parte de suas próximas obras mais voltadas a economia como por exemplo a noção do auto interesse, ele se inspira no conceito de amor-próprio para construir o conceito de auto interesse, que é conceituado por ele como um sentimento natural do ser humano de saber o que é melhor para si, sendo assim cada ser se preocuparia antes de tudo em manter suas faculdades físicas, mentais, materiais e sociais nas melhores condições que lhe fosse possível. Mais tarde o concito de auto interesse se converteria nas suas obras econômicas em Prudência.
    Nesse ponto se encontra uma conexão inicial de Smith com a Economia, usando de um conceito comum em filosofia para transformá-lo em um conceito econômico.
Um fato curioso é que em meados do século XIX, estudiosos alemães levantaram uma questão chamada de “O Problema de Adam Smith” que colocava em questão uma possível incoerência entre as obras de Smith, já que a obra “A Teoria dos Sentimentos Morais” fala de simpatia e de altruísmo e a obra “Riqueza das Nações” aborda muito o egoísmo. Uma dessas hipóteses era de que o que é verdadeiro para a economia seria falso para a moral, o que implica em uma conclusão de que o homem é frio e calculista no meio econômico e ainda assim permanece bondoso no âmbito moral.
    Mais tarde Adam Smith criaria o termo da “Mão-Invisível” que o colocaria de vez entre os Economistas Clássicos. Pode-se concluir então que Smith sempre foi um filósofo, porem começou a entrar no âmbito da economia no momento em que pegou uma vertente de seu conteúdo filosófico (Auto interesse) e o estudou de uma forma que viria a se adequar a economia, introduzindo assim Smith as pesquisas do ramo Econômico.
Texto retirado do blog:


8 - NOÇÕES DE RIQUEZA DE UMA ECONOMIA NACIONAL NA ECONOMIA POLÍTICA DE ADAM SMITH

Escrito por Elton Dias Bonmann


Adam Smith deixa claro que a riqueza de uma economia nacional está em função do acumulo de capital. Em meio ao contexto político, econômico e social de sua época ele questiona a maneira de se fazer política econômica. Em sua obra: “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações” trabalha empiricamente na justificativa dos melhores fatores como causas da riqueza das nações. É nesse sentido que Smith fala do acumulo de capital como o fator que aumenta a riqueza das nações. Assim deriva que o acumulo de capital vem da riqueza gerada pelo trabalho na produção de mercadorias. Ele fala como deve ser feita a organização social desse trabalho gerador do acumulo de capital e como deve ser tratada a relação da produção com o mercado. Através do preço natural - que é o preço de estabilidade de um produto- ele mostra que esse preço é subdividido em renda da terra, salário e lucro. O salário, e a renda da terra com um sentido estrito de consumo e já o lucro, ou o acumulo de capital, é o fator decisivo que expande o mercado, aumenta os empregos e aumenta a divisão social do trabalho, logo aumentando a riqueza das nações. Por fim, em relação ao modo de produção ele dá ênfase na divisão social do trabalho tendo como exemplo clássico o modo de produção da fábrica de alfinetes, pois esse modo gera uma especialização da produção e uma vantagem comparada de produtos em relação às outras nações - uma conquista de mercado. Já em relação ao mercado, da ênfase a não intervenção política governamental sobre eles, uma vez que o mercado auto regula-se - a mão invisível – ou seja, a produção naturalmente se adapta ao mercado.


10 - Funcionamento do mercado no curto prazo e longo prazo: preço de mercado e preço natural

Escrito por ProEconomia

Segundo a teoria de David Ricardo, todos tem uma tendência a ter um lucro uniforme. Todo capitalista tenta à curto prazo ter o monopólio do mercado para conseguir um lucro extraordinário, utilizando o preço de mercado, o problema é que surgirão concorrentes, e para os concorrentes entrar no mercado, o preço precisa ser menor na venda do mesmo produto. Assim, ambos acabarão por baixar seu preço por causa da livre concorrência, criando então um preço natural, que gerará um lucro uniforme à longo prazo. Simplificando:
*Novo produto > monopólio > preço de mercado > lucro extraordinário > mesmo produto no mercado > concorrência > preço natural (menor que o preço de mercado) > lucro uniforme à longo prazo


  • Preço de mercado: verdadeiro preço da mercadoria, determinado pelas forças de oferta e procura.
  • Preço natural: preço da venda equivale apenas ao suficiente para dar lucro.


11. TEORIA DA MÃO INVISÍVEL


A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada "Teoria da Mão Invisível". 

Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prospecção do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pelo benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente 

Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível. 

Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabo por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz. 

Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. Por exemplo, a Inflação é corrigida por um reequilibro entre Oferta e Procura, reequilibro esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza. 


Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe4.html

Publicado por: Leonardo Fagundez

12 - Distribuição de renda na Economia Política Clássica de D. Ricardo

David Ricardo (1772-1823), foi um economista inglês, considerado como um dos fundadores da escola clássica da economia política.
Ricardo se preocupou com o processo de distribuição da renda dentro da economia,  argumentava que a renda era gerada pela produtividade do fator que cada indivíduo detinha. Ou seja, se uma pessoa detém como principal fator o trabalho, quanto mais especializada maior é o salário dela, quanto mais tecnológico um bem de capital maior o retorno financeiro que ele dá, quanto mais produtiva a terra de um fazendeiro maior é sua renda com ela.
Ricardo não só se preocupou com o processo de distribuição como também com o uso dessa renda, para ele a renda do trabalhador, seu salário, seria usado para consumo de subsistência, no caso da renda do capitalista, seu lucro, seria usado para consumo e acumulação de capital, e no caso da renda do proprietário de terras, a renda da terra, seria usada para consumo supérfluo.
Ricardo também utilizou a Lei de população de Malthus para explicar a tendência ao salário de subsistência no capitalismo, acreditava que se a oferta de trabalho fosse menor que a demanda por trabalho o salário aumentaria e com isso a população aumentaria, gerando maior oferta de trabalho tendo assim uma queda na demanda por trabalho até que a oferta e a demanda fossem iguais, fazendo com que o salário também caísse até chegar ao nível de subsistência.

Postado por : http://descomplicaeconomia.wordpress.com/2014/10/21/distribuicao-de-renda-na-economia-politica-classica-de-d-ricardo/

14. Teoria da renda diferencial da terra: Qual significado econômico?:

Escrito por Paula Neves - Café com economia
Durante o percurso da humanidade, a terra exerceu e exerce um papel intrínseco na sociedade, tanto na realidade agrária quanto urbana. Portanto, para o entendimento da modernização, a reprodução capitalista atual e o seu significado econômico, a Teoria da renda diferencial da renda é de extrema importância.
Muitos estudaram o seu conceito, mas selecionamos os três autores essenciais pela contrução da teoria: Adam Smith, Thomas Robert Malthus e David Ricardo.
ADAM SMITH
Para Smith, o desenvolvimento das sociedades passa, impreterivelmente, pela renda da
terra. E esse é o único mecanismo capaz de garantir riqueza. Segundo ele, o Estado deveria submeter-se ao inexorável direito de propriedade privada da terra. Ademais, a localização e a fertilidade são fatores variáveis e responsáveis pela renda. Para ele, quanto maior a procura por certo produto, maior seria o seu preço. O valor mínimo cobrado seria aquele necessário aos salários dos trabalhadores e a geração de lucro. Smith considerava que a cada melhoria na economia e no aperfeiçoamento das forças produtivas gerariam um aumento na renda da terra, direta ou indiretamente. 
THOMAS MALTHUS
Após observar o crescimento da população mundial, Malthus constatou em sua teoria que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética, enquanto a população em progressão geométrica. Ou seja, em um certo momento não haveria recursos suficientes para tamanha demanda, causando assim uma valorização e disputa pela terra – a fonte dos alimentos e recursos. Em relação às causas que tendem a diminuir a renda da terra, Malthus esclarece que são exatamente opostas às que aumentam a renda, ou seja, “a diminuição do capital, a diminuição da população, um sistema ruim de cultivo e um baixo preço de mercado de produtos agrícolas” (MALTHUS, 1996, p. 105).


DAVID RICARDO
Embasado principalmente nas teorias de Malthus, David estabeleu a “Lei da Renda Fundiária”. Nesta, explica-se que devido a diferença de fertilidade entre as terras, pode-se diferenciar seu valor. Logo, o maior preço era ordenado a partir da melhor terra. Assim, os produtos das terras férteis são produzidos a menor custo que os demais, porém são vendidos com o mesmo valor, gerando o lucro.
Fontes:
SECHACZEWSKI, Antonio. Renda diferencial, renda absoluta e progresso técnico na agricultura. Acesso em: 29 set. 2014. Disponível em: <www.cebrap.org.br/v2/files/upload/biblioteca_virtual/renda_diferencial_renda_absoluta.pdf>.
ALVAREZ, Ricardo. Renda da terra: contexto. Blog Controvérsia. Acesso em: 28 set. 2014. Disponível em: <http://www.controversia.com.br/blog/renda-da-terra-contexto-historico/>.
COSTA, Sandra. Renda da terra. UNIAVP Acesso em: 28 set. 2014. Disponível em: <http://www1.univap.br/~sandra/arenda.pdf>.
CARCANHOLO, Reinaldo A.. Renda da terra: uma concreção teórica necessária. Revista de Economia Política. Acesso em: 27 set. 2014. Disponível em: <http://www.rep.org.br/PDF/16-6.PDF>.

Postado por: http://cafecomeconomia.webnode.com/products/teoria-da-renda-diferencial-da-terra-qual-significado-economico-/

17 - CONTROVÉRSIA DAVID RICARDO X R.T. MALTHUS: LEI DE SAY E DEMANDA EFETIVA

Escrito pelo Blog Economista Y

Hoje iremos analisar as controvérsias entre David Ricardo e Thomas Malthus a respeito sobre a Lei de Say e a Demanda Efetiva, começarei explicando um pouco de cada e posteriormente analisarei pelo ponto de vista de D. Ricardo e de T. Malthus. A lei de Say mais conhecida como Lei de mercados de Say ou Lei da preservação do poder de compra decorre de uma igualdade entre a oferta e a demanda. Foi difundida pelo economista francês Jean-Baptiste Say. A lei se baseia na frase de que “a oferta cria sua própria demanda”, ou seja, segunda a teoria, não existem as chamadas crises de “superprodução”, uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é determinada pela oferta de outros bens. Say afirmava que as pessoas não produziam por produzir, mas para trocar seus produtivos por outros bens que desejam ou de que necessitam. Com a teoria da demanda efetiva de Keynes se constitui no princípio de que os consumidores utilizam seus gastos em bens e poupança, em função da renda, quanto maior a renda, maior a porcentagem de renda poupada. Assim a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego. Mas com a queda da demanda os empresários relutariam em investir, o que levaria a cortes de salários e de empregos. Ou seja a demanda acaba que formando um ciclo, quando a demanda diminui, os salários diminuem fazendo assim que haja novos empregos, como novos empregos faz com que a demanda aumente e assim por diante. Thomas Malthus foi um dos economistas que não se convenceram com a Lei de Say, seu argumento basicamente era de que os salários sendo menores que os custos totais de produção, não podiam comprar a produção total da indústria, fazendo assim que os preços caíssem e posteriormente os lucros também, assim ocorreria uma generalizada insuficiência do poder de compra, podendo também haver uma estagnação no mercado devido a um possível excesso de acumulação de poupança que faria com quem os preços caíssem também. As soluções adotadas por Malthus seria reduzir a renda para que não houvesse poupanças excessivas, promover uma balança comercial favorável, e realizar gastos com obras públicas durante a crise. Uma intervenção do governo seria necessária por que segundo ele o livre mercado não era capaz de criar empregos. Já David Ricardo criticou duramente as ideias de Malthus, segundo ele a poupança não faria com que houvesse uma crise, ela ajudaria a empregar trabalho na produção. Também afirmava que com a queda dos salários iria fazer com que as firmas empregassem trabalhadores. Dessa maneira todo o salário iria ser recolocado em uso e todas as pessoas que quisessem seriam empregados. Portanto o procedimento não seria de redistribuir a renda e realizar obras públicas e sim de arrochar os salários e visar o aumento dos lucros.

Fonte:
MACHADO, Luan. CONTROVÉRSIA DAVID RICARDO X R.T. MALTHUS: LEI DE SAY E DEMANDA EFETIVA. Blog Economista Y. Acesso em: 08 out. 2014. Disponível em: 
Postado por: http://economistay.blogspot.com.br/2014/10/controversia-david-ricardo-x-rt-malthus.html

18 - Teoria das Vantagens Comparativas no Comércio Internacional

Escrito por Economia 101


Teoria demonstrada na obra de David Ricardo, The Principles of Political Economy and Taxation (1831),  que questionava as vantagens absolutas, pensamento de Adam Smith, e idolatrava as vantagens comparativas nas análises de comercio internacional.
Nas elaborações de Ricardo, é usado como exemplo a Inglaterra e Portugal para enfatizar as falhas na teoria de smithiana em relações aos preços.
EX:  Portugal, pode produzir vinho e tecidos com menos trabalho do que na Inglaterra.
A produtividade relativa de Portugal e Inglaterra pode ser medida através da relação do quanto de trabalho é necessário empregar para cada unidade produzida do bem, onde esta relação representa os denominados coeficientes técnicos de trabalho. Analisando a relação de Portugal e Inglaterra, e vendo que o primeiro produz ambos os bens com menos trabalho do que a Inglaterra pode-se afirmar que este último possui as chamadas vantagens absolutas, estas vantagens refletem a produção em unidades absolutas, não medindo, portanto o custo relativo da produção, o qual é comparado com o salário de cada país. Agora é possível demonstrar a relação entre os coeficientes técnicos de trabalho e das vantagens absolutas. Os coeficientes técnicos de trabalho são dados pelo inverso da produtividade apresentada. Ao passo que Portugal, por ter uma produtividade relativa menor, apresentaria um coeficiente técnico de trabalho maior, isso mostra que um país que possui vantagens absolutas num bem apresentará um coeficiente técnico de trabalho menor em comparação ao outro país, que não possui tal vantagem. Agora é possível avaliar quanto irá ser produzido dos bens em cada país. As quantidades destes bens, são determinadas através da relação entre o trabalho empregado em cada um dos bens, que em conjunto representam o trabalho total da economia, e da demanda das firmas pela tecnologia, a qual é dada pelo coeficiente técnico de trabalho. Assim o conjunto das combinações de quantidades produzidas representa uma mistura de produtos, o qual compõe a denominada Fronteira de Possibilidades de Produção. As quantidades produzidas apresentam uma relação negativa com tal fronteira, devido à escassez de trabalho. Podemos interpretar esta escassez a partir da situação em que, os produtores só conseguem atrair mais trabalho pagando salário melhor, tal fenômeno motivaria os trabalhadores a abandonarem um setor e irem para outro, sendo que o custo de se produzir mais de um bem representa abandonar parte da produção de outro bem, isto é chamado de custo-oportunidade. Assim um país possuirá uma inclinação mais achatada na FPP conforme seu custo-oportunidade for menor, no caso entre Inglaterra e Portugal, o primeiro apresentará uma FPP mais chata quanto estiver relacionada a vinho, evidenciando um menor custo de produção deste bem neste país quando comparado a Portugal.


21 - TEORIA DE MARX: O QUE É CAPITAL?




Escrito por Henrique Kiyoshi Ishihara - Café com economia

  É difícil de se dar uma definição fiel sobre o que seria o "capital" na visão de Karl Marx, pois seu modelo teórico é longo e complexo, declaram FUSFELD (2003, p. 82) e HUNT (1986, p. 218). Para se tentar chegar a uma definição próxima do que Marx visava, serão utilizadas as definições desses dois autores citados. FUSDELD (2003, p. 84) afirma que Marx via o capitalismo como sendo um sistema gigantesco por meio do qual o tempo de trabalho empregado, primeiro é transformado em lucro, e, de lucro, em capital. FUSFELD (2003, p. 84) ainda complementa dizendo que enquanto o tempo de trabalho pertencia ao trabalhador, o capital seria propriedade do capitalista. A segunda definição dada é de HUNT (1986, p. 238) que diz que o capital não é uma coisa, mas uma relação de produção social definida, relativa a uma formação histórica da sociedade, e que se manifesta em uma coisa, conferindo-lhe um carácter social específico. Ainda afirma HUNT (1986, p.238) que o capital é o meio de produção monopolizado por certa parte da sociedade, em que a força de trabalho humano é um produto e as condições de trabalho são independentes desta mesma força de trabalho, e que portanto o capital aparece cada vez mais como uma força social cujo agente é o capitalista.
    Portanto conclui-se que é importante se ter em mente que a definição de "capital" para Karl Marx vai além de um simples objeto, ou seja, é preciso entender que o estudo de Marx é profundo e holístico, pois é feito uma análise do capital de acordo com paradigmas sociais, políticos e econômicos. Mas a grosso modo, pode-se dizer que o capital é um bem que sempre busca mais-valia. Pode-se citar como exemplo a seguinte situação: um imóvel é uma riqueza, porém este mesmo imóvel só pode ser considerado capital quando ele está produzindo algo, ou seja, uma riqueza que está em busca de mais valia e mais capitalização. Se este imóvel é usado apenas como casa de praia para passeio, ele não pode ser considerado 100% como um capital pois a princípio ele não visa produção de mais capital, ele visa suprir um bem estar individual, ou seja, ele é um bem para consumo próprio que não gera mais-valia. O imóvel somente será considerado um capital quando ele for utilizado como estrutura para uma atividade comercial (assim gerando mais-valia) ou quando ele for um objeto de especulação imobiliária. Na especulação imobiliária, o capitalista espera que o imóvel seja valorizado pelo sistema capitalista, após essa valorização ocorrer, o capitalista vende o imóvel e recebe mais-valia por ele.

Fonte:
HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1986. p. 218 a 242.
FUSFELD, Daniel R. A era do economista. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 82 a 91.
Postado por: http://cafecomeconomia.webnode.com/products/simulador-de-finan%C3%A7as/

24 - Teoria Marxista. O que é capital constante, capital variável e mais-valia

  O marxismo se baseia no materialismo e o socialismo científico, constituindo ao mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários. Em razão disso, o marxismo forma uma base de ação para estes movimentos, porque eles unem a teoria com a prática. Para os marxistas, o materialismo é a arma pela qual é possível abolir a filosofia como instrumento especulativo da burguesia (o Idealismo) e fazer dela um instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de trabalho). Este conceito tem duas bases: o materialismo dialético e o materialismo histórico. O primeiro coloca a simultaneidade da matéria e do espírito, e a constituição do concreto por uma evolução concebida como “desenvolvimento por saltos, catástrofes e revoluções”, causando uma evolução em um grau mais alto, graças a “negação da negação” (dialética).

  Analisando o capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que têm, tratada como mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou é isto, ou nada. Decida-se que a fila é grande”. A diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores tem uma tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas.
  • O que é capital constante? 
  •                     
  •               Capital constante é um conceito utilizado por Karl Marx, no seu livro O capital, onde ele coloca que capital constante é a parte do capital se transforma em matérias primas, em matérias auxiliares, isto é em meios de produção.O capital constante se constitui de duas partes: o meio de trabalho, tem uma característica particular pois enquanto as matérias primas e auxiliares se incorporam inteiramente no produto, o meio de trabalho vai se desgastando aos poucos e passando assim seu valor para a mercadoria, enquanto a outra parte permanece fixa até desaparecer. Essa particularidade lega ao capital investido a forma de capital fixo,e todo o resto de capital líquido ou capital circulante.

  •  O que é capital variável?
                     Capital variável é um conceito utilizado por Karl Marx em O capital. Corresponde à fração do capital que é dispendida na compra    da força de trabalho (salários) e é responsável pela reprodução ampliada do capital.
  • O que é mais-valia?
                            Mais-valia é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.


25 - TENDÊNCIAS ENDÓGENAS AO DESENVOLVIMENTO DAS FORÇAS PRODUTIVAS DO CAPITALISMO

Tendo como base os 3 volumes do livro de karl Marx "O capital", iremos falar um pouco do que seria as tendecias internas ao se desenvolver a produção no capitalismo.

 Podemos dividir este desenvolvimento em 3 fases, a parte jovem, a madura e a senil, devemos notar então que ao passar do tempo o capitalismo vai se desenvolvendo, porem Marx Alerta que seu proprio desenvolvimento endógeno o leva para o colapso de seu sistema.


 Esta presente na fase juvenil do capitalismo a expansão colinial, o capitalismo industrial e as crises juvenis de superprodução, genrando a acensão e consolidação do estado burgues. 


 Entramos na segunda etapa com o capitalismo maduro, surge os seguintes pontos, rupturas periféricas, o capitalimos industrial financeiro e uma segunda crise de superprodução. O sistema resistira a essa crise, porem alguns males a sociedade, dando inicio a terceira fase do desenvolvimento do sistema.


 No capitalismo senil teremos as recolonizações perifericas, o capitalismo financiarizado (com uma hipertrofica financeira), gerando a ultima crise de superprodução do capitalismo e com isso o colapso do sistema capitalista. 

Fontes: http://resistir.info/crise/beinstein_04nov08_p.html
              http://crisesdocapitalismosegundokarlmarx.blogspot.com.br/

Escrito por: Nicollas Matteus Gomes 
 

Leia mais: http://proeconomia.webnode.com/news/a25-tend%c3%aancia-endogena-ao-desenvolvimento-das-for%c3%a7as-produtivas-no-capitalismo-/


Originalmente publicado em: proeconomia.webnode.com

26. TENDÊNCIA A QUEDA DA TAXA DE LUCRO



A lei de tendência a queda da taxa de lucro é tida por Marx e seus seguidores como a principal lei econômica tendencial do movimento do capital.

Conceito de tendência: operação de forças subjacentes ao processo econômico real que se impõe de forma persistente e dominante.Marx sempre assinala, na configuração de uma tendência que opera como lei, a contraposição de forças opostas à dominantes as quais atuam no mesmo plano de abstração e são oriundas do mesmo processo que constitui a tendência. A tendência é assim um processo contraditório, mas não é indeterminado em seu movimento essencial. Nessa configuração de forças, uma se constitui em “polo” ou momento dominante e as demais em momentos dominados.

Conceitos fundamentais:
  • Seja  “C” o valor da maquinaria , matérias-primas e etc (medidos em número de horas de trabalho socialmente necessárias para a sua produção).
  • Seja “V” o valor da força de trabalho, calculado em termos do número de horas de trabalho socialmente necessárias para a reprodução da força de trabalho.
  • Seja s o excesso de valor que a força de trabalho produz, ou seja, a mais-valia.
  • Temos: Valor = C+ V + S
Conceitos:

 Seja (c/v) a assim chamada composição orgânica do capital.
 Seja (s/v) a taxa de mais-valia.
 Seja (s/v+c) a taxa de lucro.
         
               Temos que:

s/(v+c) = (s/v)/[(c/v)+(v/v)]=(s/v)/[1+(c/v)].

         Se a taxa de mais-valia permanecer constante, a elevação da composição orgânica do capital provocará uma queda da taxa de lucro.†
        O desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo gera uma elevação persistente da composição orgânica do capital (mecanização dos processos produtivos), a qual não é acompanhada por um aumento na mesma proporção na taxa de mais-valia.O progresso técnico é necessariamente “poupador de trabalho” de forma que haverá uma gradual substituição de trabalho por capital, gerando assim um aumento da composição orgânica do capital.No longo-prazo, a taxa de lucro tende a zero.
        Haveria, por certo, algumas “influências antagônicas” (como, por exemplo, a elevação na “intensidade de espoliação” e as quedas no valor dos elementos constitutivos do capital constante) que retardariam a redução da taxa de lucro, embora seus efeitos não fossem suficientes para contrabalançar o efeito da elevação da composição orgânica do capital.

Fonte: http://joseluisoreiro.com.br/site/link/439da44cd5a0196d228ac3cda2b094c5565ee5be.pdf

Publicado por: Leonardo Fagundez

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